terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A necessária alegria

Quem, por seu motivo,
Ao coração da alegria o fluxo,
Análogo ao vinho se lhe retira o mosto,
Sentirá breve em seus dias,
A vida lhe diminuir aos poucos.
E mais à pele o sentimento,
Verá se esvair de todo.

Intrigado,
Só agora pude entender,
Como e porque
Morre-se de desgosto.
Sem vontade, sem sonho,
Sem prazer, sem o gosto.
Assim um rio secando
Flui menos a beleza e a força.
O rio é como nós somos:
A água abandona o rio,
Deixa lágrimas no barranco.
A alma abandona o homem,
Como a água a vida
Se nos vai de pronto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário