terça-feira, 30 de março de 2010

Brasília


Jovem, muito jovem,
Nos idos da vida, no início,
Vim como sem sacrifício,
Ao jovem tal lhe convém.
Da esplanada a surpresa inicial.
A estrutura destas vias circulando,
Horizonte livre em torno guardando
Ordenada arquitetura espacial.
Surge no planalto destes confins,
Onde cobre o cerrado as colinas,
Irrigada por águas cristalinas.
Uma cidade! Quem a pensaria assim?
Fluídas inigualáveis visuais,
Verdes tons que à vista contentam,
Azuis de alvoradas que encantam,
Crepúsculos assim jamais.
Brasília é luz! Brasília é ar puro!
Céu de estrelas em noites de lua cheia,
Há quem duvide, mas há uma sereia,
Doce canta às margens do lago escuro.
Céu puríssimo azul claro ou anil,
De paisagens bucólicas,
De tardes lindas, púrpuras, frias,
Onde Dom Bosco previu.
Mas este céu assiste e sangra inteiro
Por homens que do país o destino
Foi confiado e está ao desatino,
Salvo Ulisses, um guerreiro.

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