As primeiras palavras. O primeiro encontro.
Palavras que não acho deixam-me aflito.
Ela sorri. Ela é bonita!
A noite chega-nos a sós para meu espanto.
Nas palmeiras, o vento refrata como um grito.
Ela me envolve suave como um manto.
Brilham as luzes seus olhos coloridos.
Surpreende-me sua boca e me encanto.
Como não amar o sorriso doce, seu gesto querido?
Palavras como um rio fluem para as águas do seu remanso.
É certo, queria seu abraço e seu beijo.
Palavras inexatas alegram meu ouvido.
Quanto queria tê-la meu coração aflito!
A hora implacável proclama meu pranto.
E aquele sorriso que ainda vejo
Foram mais palavras que tenha entendido.
A noite em todos chega como um canto.
A mim como uma pena: deserto e consumido.
Onde estará a dona do meu desejo?
Desenho seu rosto nas nuvens sob o céu infinito.
Meu abraço solitário bem a quis.
Meus olhos beijado seus olhos vivos.
Como ter seu calor benfazejo?
Meu coração em seu peito o abrigo?
A lua redonda e baixa emoldura minha janela.
A noite meu anseio dolorido.
Porque esta noite eu bem a quis como aquela.
Minha alma insone reclama meu olhar perdido.
Sua imagem vem com a aurora e o luar.
Eu rindo de mim mesmo sem acalanto.
A poesia transcende tempo e espaço, matéria e espírito,
Mas eu sei que vou te amar.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
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