A falange pelo oriente marcha.
Os olhos que a espreitam sobre o Granico
São da grega espada vendida,
Mêmnon, seus mercenários e medas.
Da Ásia estende-se a geografia,
“A mão sobre o metal da espada”.*
Atrás do ocaso começa a batalha,
Quando do persa buscando a coroa
E ao grego dar-lhe a vingança.
Já em Susa o triunfo e o excesso,
Já ao vinho o ateniense e o insulto,
Já aos brios Clitos o verso reprova,
Já Alexandre a ira quem impele,
Já ao chão é Clitos quem tomba,
Já ao peito ao ferro da lança.
Dura a culpa com o remorso,
Este por certo não sairá.
Se de Alexandre a alma lhe revolve,
Pois de Clitos a mão amiga,
No Granico impediu-lhe a morte certa
E da espada inimiga tem a lembrança.
*Jorge Luis Borges
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
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